Válvula de retenção hidráulica – O que é e como funciona
Entenda como funciona a válvula de retenção hidráulica e suas aplicações em sistemas hidráulicos, incluindo modelos operados por piloto e geminados.
Embora seja compacta, a válvula de retenção hidráulica desempenha um papel crucial nos sistemas hidráulicos. Elas controlam o sentido do fluxo do fluido, permitindo dessa forma a passagem em apenas uma direção e bloqueando na direção oposta.
Como funciona uma Válvula de Retenção
A estrutura básica da válvula inclui:
- Um corpo principal,
- Canais de entrada e saída,
- Um assento móvel mantido por uma mola.
Assim sendo, o assento móvel pode ser um disco ou, mais comumente em sistemas hidráulicos, uma esfera. Desse modo, quando a pressão do fluido na entrada é suficiente para vencer a força da mola, o assento se desloca, permitindo o fluxo — esse é o fluxo livre da válvula.
Por sua vez, a pressão aplicada no sentido contrário pressiona o assento contra a sede e impede a passagem do fluido.
Assim, a válvula atua como um bloqueio unidirecional.

Aplicações em Circuitos Hidráulicos
As válvulas de retenção combinam características de válvulas direcionais e de pressão, elas são amplamente utilizadas para:
- Desviar o fluxo em sistemas com reguladoras de vazão (função “by-pass”),
- Isolar componentes como acumuladores,
- Evitar refluxo de fluido para o reservatório ou para a bomba.
Uma mola de baixa pressão geralmente sustenta o componente móvel. Em alguns casos, o uso de uma mola mais rígida permite que a válvula atue como um limitador de pressão, embora essa aplicação não seja tão comum.
Válvula de retenção operada por piloto
Esse tipo de válvula funciona como uma retenção tradicional, permitindo o fluxo em uma direção. No entanto, ela pode ser aberta no sentido contrário com o acionamento do piloto, que movimenta o assento da válvula.
Componentes principais:
- Corpo da válvula,
- Entrada e saída de fluido,
- Assento com mola,
- Haste de deslocamento e pistão do piloto.
Quando o fluido tenta voltar pela saída, a válvula se fecha automaticamente. Mas, se houver pressão suficiente no canal do piloto, o pistão desloca o assento, liberando a passagem do fluido na direção inversa.

No Circuito
Essa válvula é útil, por exemplo, em cilindros hidráulicos. Quando bloqueia a saída “B” do cilindro, ela mantém a carga estática. Para liberar essa carga, o sistema aplica pressão pela linha “A”, que também aciona o piloto da válvula. Assim, o fluxo inverso é liberado com segurança.
Saiba mais sobre a válvula de retenção pilotada.
Válvula de retenção operada por piloto geminada
Trata-se de duas válvulas de retenção operadas por piloto, montadas em uma única carcaça. Um pistão central atua entre as duas válvulas simples.

Como funciona:
- O fluxo de A para A1 e de B para B1 é livre.
- No sentido oposto (A1 para A ou B1 para B), o fluxo é bloqueado.
- Quando há fluxo de A para A1, o pistão é deslocado para a direita, abrindo a válvula do lado oposto (de B1 para B), e vice-versa.
Esse tipo de válvula é ideal para aplicações que exigem controle preciso e sincronizado de dois fluxos opostos.
Válvula de retenção Parker


A Parker é uma das líderes globais em soluções oleohidráulicas, oferecendo válvulas de retenção com alta confiabilidade, durabilidade e desempenho. Projetadas para suportar condições severas de operação, as válvulas Parker garantem vedação eficaz, resposta rápida e excelente controle de fluxo em aplicações industriais e móveis.
Seus modelos atendem a diversas configurações, incluindo versões de cartucho, flangeadas, operadas por piloto e com controle de vazão integrado. Além disso, as válvulas de retenção Parker são ideais para setores como construção, energia, mineração e automação industrial.
Entre os diferenciais, destacam-se:
- Construção robusta em materiais de alta resistência,
- Versatilidade para aplicação em sistemas de alta ou baixa pressão,
- Baixa queda de pressão com alta eficiência de passagem,
- Facilidade de instalação e manutenção.